Promed

Notícias Promed

03 de junho é o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Considerado um dos desafios do séc. 21, a alimentação infantil necessita de atenção

Celebrado em 03 de junho, o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil reforça sobre os cuidados necessários para combater esta doença, que é considerada um dos principais desafios para o século XXI, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Obesidade Infantil

Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), coletados em 2019, no Paraná, três em cada dez crianças de idade entre 5 a 9 anos atendidas nas Unidades de Saúde do Estado apresentaram excesso de peso. Ainda, os dados apontaram que 15% deste grupo estavam obesas.

Considerada pela OMS uma epidemia mundial, a obesidade é causada, principalmente, pela má alimentação e falta de exercícios físicos. Esta doença crônica, caracterizada pelo excesso de peso, está associada a um conjunto de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade infantil, podendo decorrer da alteração na disponibilidade e tipo de alimento consumido, associada a um declínio na atividade física da criança, que resulta em desequilíbrio energético. Como consequência, são observadas repercussões importantes como o desenvolvimento precoce de doenças crônicas como resistência à insulina, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, distúrbios psicológicos e obesidade na vida adulta.

A quarentena, uma das recomendações no combate à COVID-19, pode aumentar ainda mais o problema, pois as crianças estão com pouco espaço para se movimentar e afastadas de suas atividades físicas habituais. Com isso, transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade, podem ser potencializados. Portanto, é importante que os pais notem os sinais e, caso necessário, procurem ajuda especializada.

Prevenção

A prevenção se inicia com um ganho de peso gestacional adequado e aleitamento materno até dois anos ou mais, sendo exclusivo nos seis primeiros meses. Após, a alimentação da criança e de toda a família deve ser baseada em produtos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, feijão, arroz, leite, carnes, ovos, castanhas.

Não é recomendado que o açúcar esteja presente na alimentação de crianças menores de dois anos e não deve fazer parte da rotina alimentar mesmo nos anos posteriores. Além de ser um item dispensável, o açúcar pode causar danos à saúde da criança, com exposição excessiva de doce desde cedo, causando dificuldade na aceitação de alimentos saudáveis, importantes para seu crescimento e desenvolvimento.

Maus hábitos, como se alimentar enquanto assiste televisão, fazem com que a criança passe a comer de forma automática, sem prestar atenção no que está ingerindo e em que quantidade.

A prática de atividades físicas é fundamental para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio do balanço energético e, consequentemente, na prevenção e tratamento da obesidade e de doenças relacionadas à obesidade nesta fase da vida. Além de evitar doenças crônicas, as atividades físicas auxiliam na melhora do rendimento escolar.

O exemplo e comportamento alimentar da família é muito importante para uma boa educação alimentar da criança, além de manter a saúde dos demais familiares. Tenha atenção a este importante fator da vida diária e garanta o melhor para você e a sua família.

Com informações: Secretaria de Saúde do Paraná (SESA-PR), Oncocentro Curitiba e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Leia Mais 

acesse também