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Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Alzheimer

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Saiba mais sobre a campanha

A data de hoje (21/09) celebra o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Alzheimer. Além disso, todo o mês de setembro é voltado à conscientização da doença: Setembro Roxo. No Brasil, onde o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer foi instituído pela Lei nº 11.736/2008, estima-se que existam 1,2 milhão de casos, a maior parte deles sem diagnóstico e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a Doença de Alzheimer, de acordo com o Ministério da Saúde (MS).

A doença, descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Afeta mais os idosos, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência na população com mais de 65 anos. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. É caracterizada pela piora progressiva dos sintomas. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave. Veja abaixo mais detalhes sobre os sintomas de cada estágio da doença:

- Fase leve: Podem ocorrer alterações como perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão, agressividade, e diminuição do interesse por atividades e passatempos.

- Fase moderada: São comuns dificuldades mais evidentes com atividades do dia a dia, com prejuízo da memória, como esquecimento de fatos importantes e de nomes de pessoas próximas; incapacidade de viver sozinho, incapacidade de cozinhar e de cuidar da casa, de fazer compras; dependência importante de outras pessoas, necessidade de ajuda com a higiene pessoal e autocuidados; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alterações de comportamento (agressividade, irritabilidade, inquietação); ideias sem sentido (desconfiança, ciúme) e alucinações (ver pessoas, ouvir vozes de pessoas que não estão presentes).

- Fase grave: Observa-se prejuízo grave da memória, com incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos; dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição; dificuldade de entender o que se passa a sua volta; dificuldade de orientar-se dentro de casa. Pode haver incontinência urinária e fecal e intensificação de comportamento inadequado. Ainda, há tendência de prejuízo motor, que interfere na capacidade de locomoção, sendo necessário auxílio para caminhar. Posteriormente, o paciente pode necessitar de cadeira de rodas ou ficar acamado.

Obs.: Essa divisão em fases tem caráter meramente didático e, muitas vezes, sintomas classificados em diferentes fases se mesclam em um mesmo período.

Alzheimer x COVID-19

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estudos mostram que o impacto neurológico da COVID-19 no cérebro pode aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver demência, assim como desenvolver alterações cerebrais relacionadas à demência. Dessa forma, é importante que as pessoas estejam cientes da possível relação entre a síndrome pós-COVID e a demência para que fiquem atentas ao surgimento de eventuais sintomas de Alzheimer para que sejam manejados o quanto antes.

Tratamento e prevenção

Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença. Entretanto, não existe cura para a Doença de Alzheimer.

Um estilo de vida saudável é essencial para prevenir o Alzheimer. Algumas dicas de hábitos a serem praticados, especialmente após os 60 anos, são estimular o cérebro com práticas de aprendizagem; exercitar-se regularmente; ter uma alimentação saudável e balanceada; controlar a diabetes e a pressão arterial; e tomar sol ou suplementar com vitamina D.

Leia aqui cartilha desenvolvida pela UNIMED/PR sobre a saúde do idoso e o alerta para Alzheimer.

Com informações: Ministério da Saúde (MS); Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) e Centro de Referência de Atenção em Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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