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Novas variantes da COVID-19

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Saiba mais sobre as variantes do vírus

O surgimento, nas últimas semanas, de novas variantes da COVID-19 tem alertado a população sobre a velocidade da transmissão dessas linhagens virais no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando um vírus está circulando amplamente na população e causando muitas infecções, a probabilidade de mutação do vírus aumenta.

Dentre essas novas variantes, algumas delas são classificadas como VOC, em inglês, variant of concern, em português traduzido para variante de atenção¹. Estas variantes de atenção (VOC) são consideradas preocupantes devido às mutações que podem conduzir ao aumento de transmissibilidade e ao agravamento da situação epidemiológica nas áreas onde forem identificadas.

Tipos de variantes que chamam atenção

As principais novas variantes que causam preocupação são a B.1.1.7, identificada no Reino Unido; a B.1.351, que surgiu na África do Sul; as duas linhagens brasileiras, a P.1, originária de Manaus e já dominante em pelo menos seis estados brasileiros fora do Amazonas; e P.2, de grande circulação no Brasil e identificada inicialmente no Rio de Janeiro; e duas linhagens encontradas nos Estados Unidos, a CAL.20C, no sul da Califórnia, e a B.1.526, em Nova York. Além disso, pesquisadores estudam outros tipos de variantes que estão surgindo, mas ainda estão sob investigação.

Casos de variantes registrados no Brasil

De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), a partir das notificações recebidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde, foram registrados, até 08/03/2021, 1.027 casos de variantes do vírus SARS-CoV-2 no Brasil, sendo 40 da B.1.1.7 e 987 da P.1. Devido à constante investigação epidemiológica e novas notificações, os dados estão sujeitos a alterações.

Situação no Paraná

Já existem casos confirmados de variantes da COVID-19 no Paraná. Segundo estudo² da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 04/03/2021, 70,4% das 216 amostras de RT-PCR com grande carga viral enviadas para a instituição estão relacionadas à variante P.1, identificada no Amazonas.

Segundo o comunicado técnico emitido pela Fiocruz em conjunto com o Observatório COVID-19³, as mutações surgiram a partir da alta circulação de pessoas e pelo aumento da propagação do coronavírus. Ainda, o comunicado alerta para um cenário preocupante de transmissibilidade dessas variantes em todo o território brasileiro nos próximos meses.

Neste contexto, é importante ressaltar que a população continue com as medidas de prevenção contra a COVID-19. As orientações do Ministério da Saúde (MS) de medidas de prevenção e controle permanecem as mesmas. Entre as medidas estão as não farmacológicas como o distanciamento físico, etiqueta respiratória, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfecção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados conforme orientações médicas; assim como a aceleração da vacinação para toda a população, conforme Plano Nacional de Imunização (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações: OMS, Ministério da Saúde, Fiocruz, Observatório COVID-19, G1, Revista Piauí, Folhapress, Agência Estadual de notícias do Paraná (Aen).

Leia aqui a Nota Conjunta da APMP e da PROMED sobre o andamento da vacinação contra a COVID-19.

 

¹ Entenda como funcionam as variantes de atenção:

Assim como outros vírus, o vírus SARS-Cov-2 sofre mutações esperadas. Quando ocorrem algumas mutações específicas, estas podem estabelecer uma nova linhagem (ou grupo genético) do vírus em circulação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que também é comum ocorrer vários processos de microevolução e pressões de seleção do vírus, podendo haver algumas mutações adicionais e, em função disso, gerar diferenças dentro daquela linhagem. Quando isso acontece, caracteriza-se como uma nova variante daquele vírus e, quando as mutações ocasionam alterações relevantes clínico-epidemiológicas, como maior gravidade e maior potencial de infectividade, essa variante é classificada como VOC.

² Confira o estudo completo: www.aen.pr.gov.br/arquivos/0403fiocruzvariantes.pdf.

³ O Observatório COVID-19 BR é uma iniciativa independente que trabalha para disseminar informações de qualidade sobre a atual pandemia da COVID-19, baseando-se em dados atualizados e na metodologia científica.

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