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Alguns adquiriram o vício ainda muito novos, na adolescência, outros começaram a fumar na fase adulta, alguns por influência de amigos, outros tiveram o exemplo dentro de casa, mas independente de como aconteceu, uma coisa é certa: cigarro só  traz malefícios à saúde. O tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental. Trata-se de um problema de saúde pública global que mata milhares de pessoas em todo o mundo.

Segundo dados de 2014 da Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico), o percentual de brasileiros que fumam caiu 30,7% nos últimos nove anos, mas ainda cerca de 10,8% da população ainda fuma.

O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias, além de que em cada tragada são inaladas 4.700 substâncias tóxicas. De acordo com Valéria Cunha de Oliveira, técnica da divisão de tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em entrevista para o site da revista Mundo Estranho, da editora Abril, "a fumaça do cigarro é absorvida por combustão, o que aumenta ainda mais os males da sua composição."

Fumar provoca, entre inúmeros malefícios, o aumento da acidez do estômago, a lesão da camada celular interna dos vasos (endotélio), redução do colesterol bom (HDL), a redução da liberação de oxigênio para os tecidos, a irritação e inflamação dos olhos, garganta e vias aéreas, entre outros. Para as gestantes, aumenta em cerca de duas vezes a chance de abortar, de ter filho prematuro ou com baixo peso.

O hábito de fumar aumenta em três vezes o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e, em mulheres que tomam anticoncepcionais, aumenta dez vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto. Os males não param por aí, ainda prejudica a pressão arterial e a frequência cardíaca, aumentando o risco de má circulação nas pernas e o risco de impotência sexual e afins.

A pessoa que fuma está mais propensa a ter doenças cerebrovasculares e respiratórias, câncer, além do uso poder desencadear diversos outros problemas de saúde, como os citados acima.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomenda para quem quer parar de fumar, que comece escolhendo uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Pode-se fazer dele uma ocasião especial e procurar programar outras coisas que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Se não consegue parar de fumar sozinho, é indicado que o fumante procure um tratamento especializado. Para informações mais detalhadas, favor consultar a Coordenação de Controle do Tabagismo da sua Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde.

Benefícios de parar de fumar, de acordo com o INCA: Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, tais como câncer, enfisema ou derrame. A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar. Veja o que acontece se você parar de fumar agora:

- Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

- Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.

 - Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.

 - Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.

 - Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.

 - Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.

 - Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

 - Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Quanto mais cedo você parar de fumar menor o risco de adoecer.

Referências:

INCA - http://www2.inca.gov.br/

Revista Mundo Estranho - http://mundoestranho.abril.com.br/

Potal Unimed BH - https://portal.unimedbh.com.br/wps/portal/inicio/home