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Primeiro semestre de 2021 tem aumento de número de mortes por doenças cardiovasculares

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Dados alertam sobre a importância do Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes do país. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e apontam ainda que são cerca de mil óbitos por dia, números que podem estar sendo agravados devido à pandemia de COVID-19.

Já os dados divulgados pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil) mostram que houve aumento de quase 7% no número de óbitos por doenças cardiovasculares nos primeiros seis meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020 (mais de 140 mil mortes registradas contra mais de 150 mil no mesmo período deste ano).

O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores para doenças cardiovasculares e pode ser uma das causas que levam ao infarto e ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Para que a população tenha conscicência sobre os cuidados necessários de saúde em relação ao colesterol alto, o Dia Nacional Combate ao Colesterol, celebrado neste domingo (08/08), alerta para a importância do controle dos níveis de gorduras saturadas no sangue.

O colesterol é um conjunto de gorduras necessárias para o organismo exercer determinadas funções, como a produção de alguns hormônios e de vitamina D. Há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado "colesterol bom" que remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo e o LDL, denominado "colesterol ruim", que faz que o excesso de gordura seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura, que as obstrui.

Quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares, aumentando a incidência de AVC, de morte súbita e de doença arterial coronariana (DAC) - resultado da obstrução das artérias coronárias - os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração.

O desenvolvimento dessas doenças está associado a diversos fatores de risco, como: obesidade, aumento do colesterol, pressão alta, diabetes e tabagismo, que podem ser controlados com algumas práticas focadas na melhoria da saúde e qualidade de vida. Confira abaixo as ações que são recomendadas para uma vida mais saudável e para prevenir esses tipos de doenças.

– Praticar exercícios físicos;


– Não fumar;


– Evitar o estresse;


– Comer mais frutas e vegetais;


– Comer uma variedade de alimentos ricos em fibras, como aveia, pães integrais e maçãs;


– Limitar a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite;


– Utilizar derivados de leite com baixo teor de gordura, como, por exemplo: leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light;


– Fazer uma dieta com baixos níveis de gordura de origem animal (carnes, linguiças, presuntos, leita integral, queijos e etc.). 

Ainda que existam medicamentos que ajudem na prevenção, esses hábitos são a maneira mais eficaz e saudável de diminuir os riscos. Vale ressaltar que é importante consultar-se regularmente para avaliar a saúde em geral e os níveis de colesterol.

Crianças sedentárias e com dieta ruim estão em risco de sofrer problemas cardíacos

Hoje se sabe que o colesterol alto não atinge apenas adultos, mas também pode estar presente em crianças ou adolescentes. O problema é que, quando esse desequilíbrio acontece ainda na infância, o risco de sofrer infarto ou AVC na vida adulta aumenta. De acordo com Gabriela Ramalho, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, geralmente o colesterol alto acontece por causa de hábitos ruins ou da hereditariedade.

"Geralmente é feito um exame de colesterol em todas as crianças a partir dos nove ou dez anos de idade. Em crianças obesas, com histórico familiar de doença cardíaca ou de hipercolesterolemia familiar, esse exame deve ser feito antes, entre dois e oito anos de idade", explica a cardiologista.

"A criança tem de ser alimentada de forma adequada desde bebê. Deve ser acostumada com frutas, verduras, carboidratos e carnes na medida certa", recomenda Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra membro da Academia Americana de Pediatria.

E ainda, a prevenção começa já na gravidez. A mãe, de acordo com o pediatra, também pode contribuir para a saúde da criança ainda na gestação. "Quem come mais saudável durante a gestação tem filhos mais saudáveis", diz o médico.

Com informações: Ministério da Saúde (MS); Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Hospital Mater Dei - Minas Gerais; Hospital Santa Paula - São Paulo; e Hospital Sírio Libanês - São Paulo.

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