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Saúde mental na adolescência

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Jovens têm sofrido com os impactos da pandemia. Como ajudar?

A pandemia foi um período que trouxe grande impacto à socialização dos jovens, portanto o aumento de transtornos como depressão e ansiedade foi evidente. O boletim epidemiológico de 2021 trouxe dados preocupantes, mostrando que o suicídio é a quarta maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Já o relatório Situação Mundial da Infância, também de 2021, informa que um de cada seis meninos e meninas de 10 a 19 anos no Brasil vive com algum transtorno mental.  

A adolescência é uma fase sensível e de extrema importância para o amadurecimento e surgimento de padrões comportamentais, por isso aqueles com questões de saúde mental estão ainda mais vulneráveis ao bullying, à discriminação, comportamentos de risco e dificuldades na escola.  

Diante dessa realidade, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) propõem intervenções que podem ajudar os jovens, como intervenções baseadas na comunidade, programas escolares de prevenção de suicídio, ensino sobre saúde mental e a importância de cuidar desse aspecto em nossas vidas e mudanças para que o ambiente no qual os adolescentes estão inseridos seja seguro.  A terapia também é uma alternativa válida, embora haja estigma em cima disso.  

É importante observar os sinais de alerta para transtornos mentais: 

- Agressividade com os pais e na escola; 

- Isolamento social e desinteresse em atividades comuns para a idade; 

- Distúrbios no sono; 

- Uso de redes sociais para compartilhar discursos de ódio; 

- Dificuldades de aprendizagem. 

Lançado em 2022, o filme “Um filho”, de Florian Zeller, aborda o tema e retrata uma doença psiquiátrica num filho adolescente, trazendo todo o estigma vivido pelo jovem e as dificuldades da família para ajudá-lo. É uma obra artística que serve como referência aos pais e familiares que buscam interpretações diferentes das fragilidades dessa fase da vida. 

O filme evidencia as dificuldades enfrentadas pelos pais quando são confrontados com a realidade das doenças psiquiátricas em seus filhos adolescentes. A adolescência é uma fase de transformação, mas a ideia de que todas as alterações comportamentais são reflexos deste momento é perigosa. É importante que o pediatra, o clínico geral e o psiquiatra fiquem atentos a alguns sinais de alerta, como história familiar de suicídio e transtorno bipolar, automutilação, agitação psicomotora, ansiedade, abuso de substâncias e isolamento. Muitos desses sinais de alerta foram dados por Nicholas, personagem principal no filme. 

 

Com informações: Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). 

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