Promed

O Sarampo é uma doença viral aguda de transmissão aérea pela tosse, espirros ou fala, que pode provocar complicações graves, principalmente em pessoas não vacinadas. É uma doença altamente transmissível e com elevado potencial epidêmico, principalmente em populações com baixa cobertura vacinal.

Devido a esse risco e aos recentes episódios de surtos no norte do Brasil (Roraima e Amazonas) e na Europa, a PROMED alerta para a importância da imunização contra o sarampo.

Quais os sintomas do sarampo?

Os principais sinais da doença são febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de Koplik, que antecede de 01 a 02 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.

Como funciona a vacina contra o sarampo?

A vacina tríplice viral (VTV), que protege contra sarampo, caxumba e rubéola é constituída por vírus vivos atenuados do sarampo, da caxumba e da rubéola. Essa vacina tem cerca de 95% de índice de proteção contra o sarampo. Entretanto, em vista da baixa circulação do vírus nas últimas décadas, até mesmo as pessoas vacinadas podem adoecer em casos de surto, apresentando um quadro de sarampo transmissível, porém, mais leve e menos característico, o que pode dificultar o diagnóstico.

Onde vacinar?

A VTV é oferecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde (MS) em todos os estados. A vacina está disponível durante todo o ano nas Unidades de Saúde e faz parte do Calendário Nacional de vacinação. Neste ano a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo ocorrerá nos dias 06 a 31 de agosto de 2018. A campanha é voltada exclusivamente às crianças com idade entre 12 meses e menores de 5 anos, incluindo as que já receberam as vacinas anteriormente. O Dia D da campanha está marcado para 18 de agosto. A meta é vacinar ao menos 95% das crianças dessa faixa etária.

Qual a recomendação da vacina para os dias de hoje?

- Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).

- Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice.

- de 10 anos a 29 anos de idade: duas doses da vacina tríplice viral. Caso a pessoa não tenha anotado na caderneta de vacinação as duas doses, busque uma unidade de saúde para tomar a vacina (uma ou duas doses, dependendo da situação).

- de 30 a 49 anos: Uma dose da vacina tríplice. Caso a pessoa não tenha anotado na caderneta de vacinação uma dose da VTV, busque uma unidade de saúde para tomar a vacina.

Em relação à aplicação da VTV em bebês de 06 a 11 meses e pessoas com mais de 50 anos de idade, deverá ser aplicada somente nas situações de bloqueio vacinal* ou para viajantes suscetíveis (que não tiveram a doença e que não foram vacinados anteriormente).

*O bloqueio vacinal de um caso suspeito ou confirmado de sarampo consiste na aplicação em até 72h de 01 dose de VTV em todos os contatos próximos suscetíveis do caso que não tenham contraindicação para receber a vacina e que tenham 06 meses ou mais de idade (pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, do mesmo quarto de alojamento, sala de aula ou de trabalho, creche, parceiros, vizinhos próximos, etc.).

Quem não deve tomar a vacina?

A vacina é contra indicada para gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia (reação alérgica grave) após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente, e crianças menores de 06 meses de idade.

Vacina para quem irá viajar nos próximos dias

É importante lembrar que as pessoas (que não tiveram a doença e que não foram vacinados anteriormente), que irão viajar nos próximos dias se vacinem com, pelo menos, 15 dias de antecedência, principalmente se o destino for para regiões em situação de emergência epidemiológica para o sarampo, como, por exemplo, os estados brasileiros do Amazonas e Roraima, assim como alguns países da Europa, Ásia, África e América do Norte.

Se eu não souber se tomei a vacina?

Em casos em que a pessoa não tenha a sua carteira de vacinação em mãos ou não saiba se já tomou a vacina, é recomendado que ela procure a unidade básica de saúde mais próxima, para ser orientada sobre a necessidade de vacinação.

Confira aqui a Nota Técnica do Centro de Epidemiologia (CE) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Prefeitura Municipal de Curitiba, que alerta sobre o sarampo.

Com informações: Ministério da Saúde; Prefeitura Municipal de Curitiba.