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Campanha Outubro Rosa

Hipertensão não controlada gera maior risco de demência! Confira a matéria especial sobre o câncer de mama e previna-se!

Outubro é o mês da conscientização contra o câncer de mama. A PROMED e a APMP apoiam o movimento Outubro Rosa, que visa alertar sobre os perigos do câncer de mama e, principalmente, destacar a importância do diagnóstico precoce da doença.

Durante este mês, realizaremos uma série de ações como forma de alertar e cuidar da saúde de nossas associadas e dependentes. Para entender um pouco mais sobre o câncer de mama, a APMP entrevistou o médico Oncologista e Mastologista, José Clemente Linhares (CRM-PR 10099), do IOP-Instituto de Oncologia do Paraná, credenciado da PROMED, e preparou uma matéria especial. Confira:

 

Câncer de mama: entenda sobre esse mal que atinge milhares de mulheres e previna-se!

Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Só neste ano de 2016, 57.960 novos casos foram diagnosticados, de acordo com dados do INCA.

 

O que é o câncer de mama e como prevenir?

O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor. Segundo o médico Oncologista e Mastologista, José Clemente Linhares, existem fatores de risco que podem ser prevenidos e estão ligados aos hábitos, como por exemplo, o tabagismo, o alcoolismo e ainda uso da terapia de reposição hormonal por mais de cinco anos. Além disso, também existem outros fatores de risco que são desencadeados devido ao planejamento de vida das mulheres, como ter filhos após os 30 anos, por exemplo.

Entretanto, a doença também pode ser causada por fatores que não podem ser controlados, entre eles a idade, já que o risco de câncer aumenta a partir dos 50 anos. Outro fator de risco é o histórico familiar de câncer de mama, em parentes de primeiro grau. 

“Por outro lado, há fatores protetores, que podem ser realizados como prevenção, como a prática de atividades físicas, o controle do peso corporal e a amamentação. Estima-se que para cada 12 meses de amamentação, têm-se 4,3% de redução de risco de câncer de mama. A provável explicação é o retardo no restabelecimento das ovulações”, explica o médico.

 

Quais sintomas e sinais que a doença costuma apresentar?

O oncologista recomenda que mulheres enquadradas nos fatores de risco façam mamografias periódicas como forma de detectar as lesões antes de manifestação clínica. Contudo, existem sinais de alerta que devem levar a mulher a uma consulta e estes são:

- Aparecimento de nódulos na mama ou nas axilas;

- Retração ou abaulamento da pele da mama;

- Retração ou desvio de mamilo;

- Saída de secreção pelo mamilo, principalmente sangue ou secreção clara;

- Mudança da coloração da pele da mama, principalmente para a cor vermelha, sem sinais de infecção;

*Para mulheres sem sintomas, recomenda-se a mamografia anual a partir dos 40 anos.

 

Qual a importância da detecção precoce?

Detecção precoce é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar o câncer em estágios iniciais, momento em que a doença pode ter melhor prognóstico. É preciso diferenciar a detecção precoce das ações de prevenção primária, pois essas têm por objetivo evitar a ocorrência da doença e suas estratégias são voltadas para a redução da exposição aos fatores de risco. Por outro lado, os métodos existentes para a detecção precoce do câncer de mama não reduzem a incidência, mas podem reduzir a mortalidade pela doença, de acordo com o INCA.

 

A importância do autoexame

De acordo com o oncologista, o autoexame é importante porque cerca de 10% dos casos de câncer podem ser palpados e não aparecerem nos exames de imagem. Além disso, a mulher, conhecendo seu próprio corpo, pode muitas vezes detectar alterações antes do médico.

Recomenda-se que o autoexame seja realizado uma vez por mês, de preferencia uma semana após a menstruação. Para quem não menstrua mais, recomenda-se marcar um dia fixo, como por exemplo, o dia correspondente ao aniversário”, aconselha Linhares.

A mamografia deve ser realizada sempre que houver alteração clínica relevante, independentemente da idade.

 

O Outubro é rosa, mas os cuidados precisam ocorrer durante o ano todo!

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