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A chance de o contato de uma pessoa com uma superfície contaminada pelo Coronavírus (COVID-19) resultar em uma infecção é menor que 1 em 10 mil, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.  

Em atualização realizada recentemente (05/04) sobre a transmissão do Coronavírus por superfícies, o CDC reconheceu que o risco é baixo em comparação com contato direto, transmissão por gotículas ou transmissão aérea. Leia aqui a atualização na íntegra (em inglês).

O risco de contágio pelo ar varia muito, dependendo de fatores como quantidade de pessoas, ventilação, tempo de exposição e uso de máscaras adequadas.

A atualização do CDC é a mais recente sobre o grau de importância dado à higienização de superfícies durante a pandemia, em comparação a outras medidas preventivas.

Quando o Coronavírus começou a se espalhar, em 2020, o hábito de lavar todas as embalagens logo depois de fazer compras no mercado se tornou muito frequente entre a população. Entretanto, conforme os cientistas foram estudando e compreendendo melhor o vírus, muitos especialistas começaram, ainda em 2020, a alertar sobre o que consideravam um foco exagerado na transmissão por superfície contaminada, enquanto os cuidados com transmissão pelo ar ficavam em segundo plano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em julho de 2020, reconheceu que havia evidências de que o Coronavírus podia se espalhar por minúsculas partículas suspensas no ar e que a transmissão aérea não podia ser descartada em ambientes lotados, fechados ou mal ventilados. Veja aqui a publicação da OMS (em inglês).

Em outubro de 2020, o CDC atualizou suas diretrizes sobre os tipos de transmissão do Coronavírus e passou a incluir os aerossóis (partículas ainda menores que as gotículas), considerando que a transmissão pode ocorrer pelo ar.

Em abril de 2021, o Ministério da Saúde (MS) publicou que o Coronavírus é transmitido principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol. Confira aqui.

Esse entendimento é relevante, segundo os especialistas, exatamente para destacar a importância de evitar locais com ventilação ruim ou com muitas pessoas aglomeradas.

Com informações: BBC News - Brasil, Center for Disease Control and Prevention (CDC), World Heatlh Organization (WHO) e Ministério da Saúde (MS).