Promed

Fevereiro Laranja é o mês escolhido para conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia. A PROMED aproveita também este período para informar sobre esse tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, ou leucócitos, células de defesa do organismo, causando a sua produção descontrolada pelo corpo e substituindo as células sanguíneas normais na medula óssea. 

Os sintomas mais frequentes são: febre, suor noturno, perda de peso e apetite, palidez, manchas roxas na pele e cansaço, além de hemorragias. 

As causas exatas da leucemia não são ainda totalmente compreendidas, mas alguns fatores de risco identificados incluem a predisposição genética, o tabagismo, a exposição a certos produtos químicos, como benzeno e a exposição a altos níveis de radiação. 

Diagnóstico 

O diagnóstico é suspeitado pelo quadro clínico e exame de sangue simples (hemograma). A confirmação ocorre por exames da medula óssea, procedimento relativamente simples que compreende o aspirado de células da medula óssea por agulha específica, feito pelo médico com anestesia local (adultos) ou sedação em crianças e adolescentes. O material coletado é submetido a vários exames para a confirmação, definição do subgrupo e linhagem das células da leucemia. Outros exames de laboratório, raio x, ultrassonografia, além do exame físico também complementam o diagnóstico e são fundamentais para determinar o estágio da doença e a programação do tratamento. 

Tipos da doença e prevenção 

Em entrevista para a CNN rádio, em fevereiro de 2023, o oncologista do hospital Oswaldo Cruz, Otavio Baiocchi, explicou que há, em relação à velocidade de proliferação, basicamente, dois tipos da doença: “A leucemia com início rápido e agressivo, com infecções e eventos hemorrágicos, e a crônica, que tem tempo mais lento de manifestação”. Ainda, ele destaca que a doença “não tem fator de risco, e, portanto, não há como prevenir, a não ser com a conscientização sobre o assunto”; “por isso é importante uma campanha como Fevereiro Laranja”. 

Tratamento 

Em caso de suspeita da doença, a PROMED informa que é importante consultar um hematologista ou oncologista. O tratamento varia de paciente para paciente, e o prognóstico depende do estágio, do tipo específico, além de outros fatores individuais. Entretanto, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar as chances de cura.  

O tratamento das leucemias é uma área em constante renovação, tendo a quimioterapia como base. Pode envolver também radioterapia, transplante de medula óssea ou tratamentos inovadores com menor grau de toxicidade, dirigidos para alvos específicos (imunoterapia), por exemplo, dependendo do tipo de leucemia e histórico de saúde da pessoa. 

Doação de medula Óssea 

Quando é necessário realizar o transplante de medula óssea em um paciente, a chance de encontrar um doador compatível com o receptor é de 1 para 100 mil pessoas. Quando o paciente não encontra o doador ideal dentro da própria família, é necessário buscar alternativas nos registros de doadores voluntários, por isso é tão importante que haja o maior número de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). O voluntário pode ser chamado para efetuar a doação com até 60 anos de idade. 

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ir ao Hemocentro mais próximo da sua cidade, realizar um cadastro no REDOME e coletar uma amostra de sangue (10 ml) para exame de tipagem HLA. Clique aqui e veja a lista de Hemocentros. 

O que é necessário? 

- Ter entre 18 e 35 anos de idade (O doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade); 

- Um documento de identificação oficial com foto; 

- Estar em bom estado geral de saúde; 

- Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. Clique e veja a lista. 

O cadastro de receptores também é nacional, pelo Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Estes dois cadastros cruzam informações para busca de doadores e receptores compatíveis.  

Com informações: Ministério da Saúde (MS), CNN Brasil, Tua Saúde, Redome, Inca e Assessoria de Comunicação da Sesa do Estado do Espírito Santo.