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Pandemia de COVID-19 aumenta fatores de risco para suicídio
A pandemia de COVID-19, associada ao isolamento, às incertezas, ao medo de perder entes queridos e à crise econômica podem tornar vulneráveis crianças, adolescentes e suas famílias. Este cenário tende a desencadear ou agravar o sofrimento e, consequentemente, os problemas de saúde mental, em especial a depressão e a ansiedade, aumentando o risco do comportamento suicida.
O Coronavírus tem afetado a saúde mental de muitas pessoas, que, somadas às questões de violência, transtornos por consumo de álcool e abuso de substâncias, tornam-se fatores relevantes no aumento do risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 800 mil pessoas tiram a própria vida anualmente ao redor do mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo.
Tendo em vista os dados alarmantes, agravados ainda mais com a pandemia de COVID-19, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) promovem a campanha Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante o ano todo.
É muito importante que as pessoas estejam conectadas umas às outras, atentas aos sinais de alerta e a como reagir para prevenir o suicídio. Apesar do distanciamento físico, as pessoas podem manter vínculos sociais e cuidar da saúde mental.
Como identificar
A maioria dos suicídios é precedida por falas e comportamentos incomuns, como falar sobre: querer morrer, sentir grande culpa ou vergonha ou sentir-se um fardo para os outros. Outros sinais importantes são sensação de vazio, desesperança, aprisionamento ou falta de razão para viver; sentir-se extremamente triste, ansioso, agitado ou cheio de raiva; ou com dor insuportável, seja emocional ou física, além de se expor a situações de risco, como dirigir em alta velocidade.
Prevenção
Conheça as cinco etapas que podem salvar vidas:
– Saiba reconhecer os sinais;
– Saiba como ajudar;
– Faça do bem-estar mental uma prioridade em sua vida;
– Saiba que existe ajuda e que a recuperação é possível;
– Dissemine esses cinco passos para outras cinco pessoas!
Pergunte se a pessoa está pensando em suicídio. Ouça sem julgar. Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida. Responda com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério. Acompanhe a pessoa e ofereça apoio na transição da crise para a recuperação (Tente acompanhá-la nas primeiras 24-48 horas após uma crise).
Centro de Valorização da Vida (CVV)
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Ligue 188.
Com informações: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Ministério da Saúde (MS); e 16ª cartilha “Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19” da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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