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PROMED ALERTA: Influenza H3N2
A PROMED segue acompanhando as atualizações de saúde e alerta que a gripe tem gerado surtos regionais pelo país, impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A (H3N2), batizada de Darwin.
No dia 3/01, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR) confirmou 224 novos casos de Influenza H3N2. Com isso, até o momento, o Paraná soma 262 diagnósticos positivos, com um óbito. Dentre os casos de H3N2, três já foram confirmados para a cepa Darwin (Castro/PR, Pato Branco/PR e Rio de Janeiro/RJ).
A transmissão da doença já é considerada comunitária, ou seja, quando o contágio de pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem de transmissão.
Influenza
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualmente são conhecidos três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propensos a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da Influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.
A cepa Darwin faz parte do tipo A (H3N2) e, nos últimos meses, contribuiu para um aumento dos casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus Influenza no inverno (entre julho e setembro).
Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta; tosse; garganta inflamada; dores de cabeça, no corpo e nas articulações; calafrios e fadiga.
O vírus Influenza é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar, principalmente, quando a pessoa gripada tosse ou espirra.
Recomendações
A coordenadora médica da PROMED, Marilise Borges Brandão, trouxe mais informações sobre a nova gripe: "O subtipo da Darwin do vírus H3N2, que está circulando no país, provavelmente virá a ser incluída na composição da próxima vacina contra a Influenza, que será fabricada nas próximas semanas, para aplicação no outono, como acontece todo ano em nosso país".
Marilise Brandão explicou também sobre a vacinação contra a gripe, realizada todo ano pela PROMED: "Aos beneficiários da PROMED, foi aplicada em 2021 a vacina quadrivalente correspondente aos 4 tipos/subtipos de vírus da gripe ou influenza que circularam até então e fizeram parte do 'combo' da vacina de 2021. Porém, esta proteção vai enfraquecendo ao longo dos meses seguintes à vacinação e, por essa razão, existe a necessidade de vacinação anual. Ainda, muitas pessoas deixaram de tomar a vacina no outono passado porque priorizaram apenas a vacina contra o Coronavírus e podem estar suscetíveis à influenza. O subtipo Darwin não fez parte daquele combo de 2021, porque não circulava e causava gripe na época de fabricação da vacina".
Em relação aos cuidados necessários, a coordenadora médica recomenda: "Em caso de sintomas gripais, nosso beneficiário deve procurar atendimento médico, para exame e investigação de influenza e Covid-19 e, caso seja influenza, ser medicado com o medicamento específico (oseltamivir) e eficaz para combater o vírus da influenza, se utilizado logo nos primeiros sintomas da gripe. Além disso, deve seguir demais orientações pertinentes".
Sobre a variante da COVID-19, a Ômicron, Marilise comentou: "Ainda não temos a dimensão do impacto desta variante em nosso país, porque este está ainda se desenhando, porém se seguir a tendência dos outros países, deve causar mais casos leves e assintomáticos, mas em número alto. Nosso país, pelas ações governamentais e envolvimento das pessoas em procurar pela vacinação, pode ter um impacto menor em número de adoecimentos graves e óbitos. Mas a população não vacinada, que não aderiu, continua suscetível e a casos mais graves, infelizmente. As orientações de prevenção se mantêm as mesmas: uso de máscara, uso de álcool em gel para higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações em locais fechados. Há já aumento significativo no número de casos novos positivos para Covid-19 em nosso estado, porém, ainda sem grande repercussão nas hospitalizações, como tem sido observado em alguns países com a nova variante Ômicron, em especial aqueles com baixa cobertura vacinal contra a doença".
Com informações: Ministério da Saúde (MS); Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR); e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Foto: Geraldo Bubniak/AEN.
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