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Vacina contra gripe reduz risco de morte em crianças e adolescentes
A gripe é uma doença transmitida por vírus que pode infectar pessoas de todas as idades. Porém, algumas faixas etárias são mais vulneráveis e exigem maiores cuidados. Pensando nisso, a PROMED terá novo período de aplicação da Vacina contra Gripe, para associados e beneficiários.
As aplicações serão realizadas nos dias 12 e 19 de abril (quartas-feiras), das 08h às 18h, exclusivamente para beneficiários que responderam o questionário e não puderam comparecer nos dias 04, 5 e 6 de abril e os beneficiários que deixaram seus nomes em lista de espera.
Ainda, no dia 05 de maio haverá a aplicação da segunda dose da vacina para as crianças, das 11h às 15h, na sede da Promed.
Abaixo, você confere um texto na íntegra com algumas dicas relativas aos grupos de risco, em especial as crianças e adolescentes.
“Vacina reduz risco de morte em crianças com influenza?
Influenza (conhecida como gripe) é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Possui elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias.
Febre, calafrios, tremores, cefaleia, mialgia, anorexia, tosse seca, dor de garganta e coriza são sintomas sistêmicos e respiratórios frequentes observados durante a influenza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias.
Idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto.
Desde 1999, a estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações, a fim de reduzir hospitalizações, complicações e mortes na população alvo para a vacinação no Brasil. O Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra influenza anualmente, e os grupos prioritários (crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, povos indígenas, indivíduos com ≥ 60 anos de idade, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais) podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.
A maior parte das mortes pediátricas associadas à influenza ocorrem em crianças não vacinadas. Evidências para a eficácia da vacinação na prevenção de mortes associadas à influenza são necessárias. Neste contexto, recentemente, foi publicado um estudo que avaliou se a vacinação contra a influenza reduziu o risco de morte associada à influenza em crianças e adolescentes.
De julho de 2010 a junho de 2014, 358 mortes pediátricas associadas à influenza confirmadas por laboratório foram relatadas entre crianças de 6 meses a 17 anos. O status de vacinação foi determinado para 291 mortes, 75 (26%) receberam a vacina antes do início da doença. As proporções vacinadas foram semelhantes para meninos e meninas e não apresentaram diferença.
A eficácia da vacina contra a morte foi de 65% (intervalo de confiança [IC] 95%: 54% a 74%). A eficácia da vacina entre crianças com condições de alto risco foi de 51% (IC 95%: 31% a 67%), comparado com 65% (IC 95%: 47% a 78%) entre crianças sem condições de alto risco.
A vacinação contra a influenza foi associada com redução do risco de morte pediátrica associada à influenza confirmada laboratorialmente. Dessa forma, o aumento da vacinação pode prevenir mortes associadas à influenza em crianças e adolescentes.”
Autora:
Juliana Festa de Vasconcellos
Biomédica
Mestre em Farmacologia e Química Medicinal – UFRJ
Doutoranda em Ciências Médicas – UERJ
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