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24 de Abril marca o Dia Mundial de Combate à Meningite
O dia 24 de abril lembra a grave condição que, segundo o Ministério da Saúde (MS), afeta mais de 5 milhões de pessoas por ano no mundo. O objetivo da data é disseminar informações de prevenção, diagnóstico, e tratamento da Meningite, que, inclusive, conta com vacina contra algumas de suas formas mais graves.
Meningite
Meningite é uma infecção que se instala, principalmente, quando uma bactéria, vírus ou fungo, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A meningite viral costuma afetar mais as crianças de até cinco anos e a forma bacteriana da doença atinge mais os adultos.
A doença pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador por meio da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria por meio do contato com essas mesmas bactérias ou por vacinação prévia, adquirindo, portanto, resistência à doença. As crianças de 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque, geralmente, ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la e podem ter infecções graves generalizadas com a sepse, que pode ser fatal.
Sintomas
- Meningites virais: Em geral o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados. A doença acomete, principalmente, as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, fala de apetite e irritabilidade. Uma vez que os exames tenham comprovado tratar-se de meningite viral, a conduta é tratamento sintomático até que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses.
- Meningites bacterianas: São mais graves e precisam ser tratadas imediatamente. Os principais agentes causadores da doença são as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por exemplo. Em pouco tempo, os sintomas aparecem e se agravam: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, pequenas manchas vermelhas espalhadas pelo corpo (petéquias). Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de sepse¹ aumenta muito. Nos bebês, a "moleira" pode ficar elevada. Buscar a emergência o mais rápido possível é crucial para a cura.
Diagnóstico
O exame de líquor cefalorraquidiano precisa ser coletado por punção de medula espinhal para exame de laboratório, para confirmar o diagnóstico e ver se a meningite é viral, fúngica ou bacteriana. Os exames de sangue também contribuem com o diagnóstico e com a avaliação da gravidade da doença.
Tratamento
Assim como para as outras enfermidades causadas por vírus, não existe tratamento específico para as meningites virais. Medicamentos prescritos pelo médico para combater febre e dor são úteis para aliviar os sintomas.
As meningites bacterianas são tratadas com antibióticos aplicados por via endovenosa (diretamente na veia do paciente) e sua administração deve começar o mais precocemente possível para evitar complicações e sequelas.
Já as meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado à base de antibióticos.
Prevenção
- Evitar locais com aglomeração de pessoas;
- Deixar os ambientes ventilados, se possível ensolarados, principalmente, salas de aula, locais de trabalho e no transporte coletivo;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Reforçar os hábitos de higiene, lavando as mãos frequentemente, especialmente antes das refeições;
- Manter a vacinação em dia.
Vacinas
A rede pública de saúde oferece, gratuitamente, vacina contra as formas mais graves de meningite (vacina Meningo C; vacina Pneumo 10; vacina Pentavalente; e a vacina BCG). Ainda, a rede particular oferece as vacinas: Meningocócica B e Pneumocócica conjugada 13-valente.
Com informações: Ministério da Saúde (MS), Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM) e Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS).
¹ De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção.
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